quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O Trovador


Em um ano de espetáculos, vividos nos mais variados cenários, assistidos por diferentes públicos, a Colombina teve momentos de glórias e infortúnio. Teve a graça de ouvir aplausos e vaias. Obteve críticas ao errar e elogios ao improvisar. E em um ano de espetáculos vividos, a Colombina sentiu o gosto das lágrimas do Pierrot, dançou com o Arlequim, ora seguindo-o, ora se esquivando. Enxergou, sob a luz dos holofotes, sua vida, seu teatro sendo vivido intensamente tendo esses protagonistas como enredo. Mas depois de um ano de espetáculos, notou que havia um coadjuvante. Aquele que apenas a Colombina foi capaz de notar. Aquele que para ela se tornaria o galã. Aquele que em pouco tempo roubaria a cena. Pois o Trovador embalava sua vida com belas canções. Pois sua voz melódica narrava aquele teatro como ninguém. E depois de um ano de espetáculos, a Colombina decidiu que queria uma nova história e achou o personagem perfeito. Cansou-se das emoções dramáticas, queria comédia romântica. Iniciaram um novo espetáculo...cheio de olhos curiosos em atenção. Ele toca. Ela dança. Juntos eles cantam uma nova canção de amigo. Uma nova canção de amor.