quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Nasci pra ser solteira...

Calma! Não estou falando bem (ou só) de relacionamentos amorosos. Solteira no sentido de morar sozinha. Eu, as paredes, a tv, o computador e um gato.
Morar com a mamãe era muito bom. Eu tinha liberdade (mas não libertinagem), tinha conforto, tinhamos poucos problemas, vivíamos bem... mas ainda assim tinha motivos suficientes para sonhar em ter meu próprio cafofo.
Já morei com um namorado. TRAUMA. No começo, tudo muito bom, tudo muito lindo. Ter uma costelinha pra dormir, acordar com um beijinho, tomar banho juntos, lá lá lá whiskas sachê (haha, eu adoro isso!). Mas em pouco tempo, o mar de rosas vira uma avalanche de tédio, desdém e brigas. E em pouco tempo tudo isso será o pavio para o trágico término do namoro.
Já morei com desconhecidos, gente bagunceira demais, gente certinha demais, bêbados, pregueteiros, crentes, maconheiros...todo tipo de carne que você puder imaginar. E em todos os casos, tenho tremilique só de lembrar.
Nunca concordei tanto com a letra de um funk quanto: "Ado, a-ado. Cada um no seu quadrado". É exatamente isso. Eu quero ficar no MEU quadrado. Sem ter que dar previsão de que hora vou chegar ou sair de casa, sem atrasar o pagamento do aluguel, sem correr o risco de achar um Gremilin no banheiro ou de ser torturada até a morte por ter esquecido de lavar os panos de prato.
Não que eu goste de solidão. Pelo contrário, vivo rodeada de gente, não posso ficar em casa um fim de semana se quer, adoro conhecer pessoas e fazer novos amigos e preciso disso para viver bem. Só adoraria poder governar minha casa, como governo minha vida. Uma bagunça organizada. E se minha postura tiver de prejudicar a alguém, que seja apenas a mim mesma.
Ah se eu pudesse e meu dinheiro desse!!!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Inferno Astral

Ô coisinha que atrapalha a vida de uma pessoa esse tal de Inferno Astral. É insuportável ficar angustiado, impaciente, depressivo e chato por 30 dias. Acho que no meu caso é ainda mais incômodo visto que minha natureza é extremamente oposta a tudo isso. Ver tudo ao ser redor dando errado, não ter vontade de escrever, elaborar novos planos, fazer sexo, ser simpática e bem-humorada, nem ficar empolgada com as novidades da vida alheia te torna a pessoa mais chata, pêca e pálida do mundo. As únicas coisas que tenho vontade de fazer superam a imaginação das mentes mais férteis que já existiram. Então me sinto imediatamente frustrada por saber que eu não vou conseguir fazer nada disso. Tenho que me contentar em acordar, tomar banho, alimentar o gato, tomar café, ir pra faculdade, voltar pra casa, limpar o cocô do gato, fazer o almoço do dia seguinte e dormir. O pior de tudo é saber que ninguém tem obrigação de entender a fase que eu estou passando e que, por conta disso, todos vão acabar se afastando de mim, muitos até se decepcionando.

É horrivel esperar pelo dia do meu aniversário com família, alguns amigos, namorado, um bolo, uma velinha, algumas latinhas de cerveja, uns presentinhos, um parabéns, a esperança de que a fase horrorosa se apague junto com a chama da vela e saber que nada disso vai acontecer. Será apenas mais uma segunda-feira de faculdade e cama antes da meia-noite.

Estava lendo um site que falava de inferno astral e ele dizia:

"Todos têm livre-arbítrio e podem, ainda mais compreendendo o ciclo no qual estão inseridos, dedicarem este momento à reflexão e avaliação da etapa terminada, preparando-se sem tantos atropelos para a próxima."

Refletir mais??? Não acho que essa fase seja culpa de qualquer tipo de desorganização da minha vida. Tirando meu baixo salário, minha unha encravada e meu PC quebrado, eu não tenho muito do que reclamar. Tá tudo dentro dos conformes. Lendo isso me senti até uma emocionalmente descontrolada. E tinha mais:

"O décimo segundo e último mês do ano corresponde à casa 12, trecho do mapa que analisa os sacrifícios e doações que uma pessoa deve fazer aos outros, sem esperar recompensas para isto."

Num vou nem dizer o que que eu tô pensando em doar... (¬¬)