terça-feira, 24 de março de 2009

Texto coletivo sobre Comunicação e Realidade Regional

Era uma vez, 3 meninas numa aula super divertida de Comunicação e Realidade Regional. Até que uma delas resolve pegar um pedaço de papel...

LEGENDA:

Amanda
Janaína
Laísa


Já não vou mais escrever o que pensei porque você decifrou minhas palavras com esse olhar de quem come a caça sem escrúpulos. Como dizia Giandreano no Antigo Egito: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Portanto corra! Como dizia meu amado pai, de tanto pensar morreu o jegue na porta da prefeitura. Aí você se pergunta o que o jegue estava fazendo na prefeitura? E quem estava lá dentro? Já que o bicho ficou, quem ele comeu? Eu acho que quando cada um adquire a consciência de ficar no seu quadrado, se torna fácil aceitar que o jegue não passa de uma representação simbólica do lambe-lambe que passou a vida tirando fotos 3x4 na porta da prefeitura. Exatamente! Aquele lambe-lambezinho afrodescendente e desfavorecido, que ao invés de correr atrás do bicho, ou seja, do trio elétrico, afim de se transformar em um ser topo da cadeia alimentar, afinal quem não come será comido, resolveu se acomodar à sua condição de eterno jegue retratista, instalado humilde e quase invisivelmente na porta da prefeitura. E vocês acham que quem está no topo da cadeia alimentar pode ser então considerado uma personificação de Paul Bazzo, comedor de primeira linha e chave de cadeia? Rappaz (yeah!), é aquela coisa. Depois que a cobra come o CU(elho) e o gavião vem e come a cobra, todas as instituições religiosas e sociais advindas das primeiras civilizações perdem o sentido e passam a ter uma resignificação alcoólica. Porém, convenhamos, o tal CU(elho), mamífero fofinho que põe ovos, devidamente mergulhado na resignificação alcoólica, há de se transformar numa bela e satisfatória moqueca para a ceia das instituições religiosas e sociais, transformando nós, JEDI's, em seres componentes do manifesto cíclico de Xangô. Eu quero deixar claro que se tem CU(elho) para ser comido durante um ritual de uma instituição religiosa dos primórdios da humanidade, faço questão de doar o meu, portanto que os ovos fiquem de fora e o álcool role solto com o sangue derramado pelo CU(elho) depois de ter passado a noite com o jegue assitindo nós, JEDI's e pobres camponesas indefesas sem sabre de luz com cabeças giratórias (porque não existia bateria na Idade Média), sendo derrubadas no feno por Darth Vader. Quando participamos do manifestos cíclicos de Xangô não podemos esquecer que se o CU(elho) substitui a galinha preta do pescoço quebrado, além do sangue do CU(elho) derramado, devemos reservar espaço para a garrafa do famoso Velho Barreiro, o primeiro pai de santo da casa de mãe Creuza. É importante salientar que todos os rituais de instituições religiosas e sociais moquequeiras da cadeia alimentar comportam-se de forma adequada e legal diante dos preceitos primordiais, privados, prioritários e pitorescos da Força Armada Brasileira, afinal todas as espécies de piteridófitas sanguinolentas extintas da região sudoeste de Barbacena podem se sentir instintivamente atraídas pela moqueca de CU(elho) ao molho pardo, causando um estado de calamidade pública no lugar, região ou globo, o que os cientistas banguelas da Tailândia denominam de: hermenêutica. E tenho dito.


GLOSSÁRIO:

Lambe-lambe - http://www.canudos.com.br/mangara/3._estruturaDoProjeto/3.6_modeloLojas/3.6.06_iFoto/lambe-lambe.jpg

Trio elétrico - http://s3.amazonaws.com/rede_prod/assets/0013/9703/trio_foto_diagonal.jpg

Cadeia alimentar - http://www.girasolweb.com/blog/images/cadeia_alimentar.jpg

Paul Bazzo - http://www.almodovarlandia.com/almodovarlandia/actors/photos/santiagolajusticia/santiagolajusticiakika250x171.jpg

Moqueca - http://caideboca.files.wordpress.com/2007/12/moqueca_humberto_capai_pmv.jpg

JEDI - http://members.shaw.ca/david.p.z.888/star_wars/pics/jedi.jpg

Xangô - http://www.funzionegamma.edu/italiano/journal/numero15/immagini/foto/5.jpg

Ovos - http://jutorrette.zip.net/images/ovos.jpg

Velho Barreiro - http://aguadiet.files.wordpress.com/2008/07/velho-barreiro.jpg

Força Armada Brasileira - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimiPVwfVhuA1bBYbIZ07Xo4s39OXvKm-WcQUV4LCBRnqv8sMU6cwKGBQYF_SiXQrHk5lNsSMNppcQmXCl-K5tCPmeogxB1kKauKJVRagRAdi4Z88zzR_eoYYp-cpFqi2BF7Tl5VMabquU4/s400/forcas-armadas-brasileira.jpg

sexta-feira, 20 de março de 2009

Stand-by

Não consegui um novo estágio. Levei esporro da chefe substituta. Me demiti do atual. Estou pobre de uma vez por todas. Não fui pra Salvador. Não bebi até a morte no show de Victor e Leo (nem me olhem com essa cara, era open bar...). Não fui pra inauguração da nova República da Luz Vermelha. Não vou pro show da Cof Damu amanhã. Não quero assistir filme. Não quero ver ninguém. Não quero que ninguém me toque. Tô péssima, por isso tô em stand-by.



"Talvez eu volte. Um dia eu volto, quem sabe..."




Glossário


Victor e Leo - http://i21.tinypic.com/8xrnzs.png

Cof Damu - http://www.myspace.com/cofdamu

A chefe substituta - http://www.worldnetdaily.com/images2/MatrixTwins.jpg

sexta-feira, 13 de março de 2009

Vira vira homem, vira vira lobisomem.




Conviver com homens. Oh sina!

Sempre convivi com muitos homens. Era mais apegada ao meu irmão, sempre me identifiquei melhor com meus primos, sempre tive mais amigOs do que amigAs e sempre me senti muito bem em lugares onde só havia eu de mulher. A única vez que passei maior parte do meu tempo com mulheres, eram lésbicas (o_O).
Há um ano atrás, passei na seleção de estagiários da UESC. Fiquei feliz da vida e fui encaminhada ao Colegiado de Educação Física para acertar as coisas. Chegando lá dei de cara com 3 seres humanos. Deduzi imediatamente que seria mais um ambiente totalmente masculino onde eu teria que conviver. Ótimo. Foi dito e certo. Ainda que o coordenador tenha saído pouco depois e a vaga tenha sido preenchida por uma mulher (Bila-bilu, Bila-bilu, imitando a Bila-bilu...), minha vida no trabalho se resumiu a manhãs e mais manhãs preenchidas por complexas discussões sobre assuntos masculinos (ou seja: mulheres).
Passo a manhã inteira ouvindo seus desalentos conjugais, seus comentários testosterônicos e suas opiniões machistas. No fim das contas percebi que compartilho de mais opiniões com eles do que eu imaginava. Tudo bem que eles só faltam me matar pela minha postura libertária e desencanada. Acham inaceitável o fato de eu, tendo namorado, sair, beber, viajar e receber visitas em casa sozinha (certo que nem sempre é por opção!) e batem na tecla que jamais permitirão que eu conheça suas respectivas namoradas para que não sejam mal influênciadas (faz-me rir!).
Mas o fato é que, de certa forma, penso como homem. Nunca fui chegada nessa coisa de feminismo (na verdade em nada que seja radical demais!). Ficar defendendo mulher, ainda que ela tenha errado, só porque eu também sou mulher não rola. Também não sou chegada em algumas frescuras típicas femininas (ainda que eu tenha cá as minhas!). Resultado, se eu fosse homem, certamente mandaria meio mundo de mulher se lascar. Ia ser chato, impaciente e bruto. Mas como não sou, papai e mamãe me fizeram menininha, com esta delicadeza primorosa, só me resta honrar o gênero bebendo cerveja e jogando sinuca.