quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Colombina e Srta Pecinha de Lego na Terra do Nunca




A Colombina resolveu se refugiar numa terra distante. Itapetinga, a terra da Srta Pecinha de Lego. A cidade já foi tema de post do amigo Bruno Senna e minha querida Moça da Janela...então darei continuidade...


Geralmente, a primeira coisa a ser comentada pelos visitantes é sobre a cidade que tem bois, vacas, jegues e orixás nas praças. O que mais me chamou atenção (além do jeguinho lindo e a lagoa que dá vontade de se jogar...) foram as pessoas, mas especificamente a "família pecinha de lego". Apesar da diferença latente entre a que vos fala e a maioria das pessoas de lá, há tempos eu não me sentia tão bem num ambiente familiar. Admito que achei uma delícia ter horário pra acordar, almoçar e ir dormir. Estou finalmente conseguindo descansar bastante.


Não posso deixar de comentar como é divertido ver a cara de "choque" das pessoas que ouvem os atípicos comentários da Srta Pecinha de Lego. Isso me lembra que nossa vida daqui pra frente terá um caminho de mudanças, aprendizados e se tudo der certo, teremos muitos momentos importantes para lembrar pro resto da vida.


Algumas tentativas fustradas de tomar banho de sol e uns rápidos passeios na praça me fizeram lembrar e até sentir saudade da minha adolescência. Volto à minha cidade natal, mas deixo uma promessa: I'll be back!!!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Horóscopo


Bom dia, Colombina! A Lua hoje está passando pela casa 12, entrando em contato com Júpter, que teve um caso Com Mercúrio na casa 11, mas eles nunca assumiram a relação, isso causa em sua vida uma certa tensão devido a assuntos pendentes. A seguir...falarei de cada setor da sua vida.


FAMILIAR

Então Colombina, vejo que no plano familiar você anda pior que cego em tiroteio. Como dizem, família em bom, mas só no Natal. Cada dia que passa você é vista como a ovelha, além de negra, manca e a maçã, além de podre, venenosa. Mas relaxe, não se pode agradar a todos. E mesmo assim tire forças do fígado e tente ver algum lado bom nisso tudo. Do contrário, siga a filosofia popular e mantenha o salto alto no Natal, abrace, beije e torça para que aquela farofa do piru cause flatulências noturnas no ânus alheio.


FINANCEIRO.

É menina, tu tá dentro d'água! Continue assim e seu setor financeiro sairá do vermelho para o furta-cor. Véi, tu anda mais dura que pau de tarado. Mas todos entendemos sua complicada situação de mera estudande de Rádio/Tv. Não vejo muitas oportunidades adiante não, mas vc sabe que sempre há o caminho da informalidade. De repente sonhos como ser dona de um brega ou diretora de filme pornô podem se tornar realidade e virem a ser lucrativos.


AMIZADE.

Finalmente algo positivo por aqui. Ah, seus amigos são ótimos. E excêntricos como você, por isso te aturam. Mas olhe, ao que me parece, como boa leonina que é, você consegue fazer muito bem a eles. E isso tem sido recíproco. Seus laços de amizade costumam ser fortes e você é sempre bem retribuída pela sua dedicação. Então aproveita, fofinha! Cola nessa galera que a coisa é promissora.


AFETIVO.

O amor. Ah, o amor! Tá bom, vai. Todos nós sabemos que essa leoa, se bem acariciada, vira uma gatinha angorá. Tudo bem, eu sei que seu coração tem passado por uma barra e das grandes. Mas choro e depressão nunca foram sua cara. E no meio da multidão há sempre um Pierrot te olhando, pra te curar as marcas do Arlequim. E por falar em Arlequim, está se saindo muito bem com ele. Tão bem que a vida já lhe presenteou com um personagem inesperado, daqueles capazes de transformar tragédia em comédia, terror em romance. É o tipo da coisa...não deu certo com o Arlequim nem com o Pierrot? Agarre o Trovador! Afinal ele também é parte desse teatro e você bem sabe que nada te emociona mais que uma linda canção.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Voltei "pipou"!!!



É...eu sumi mesmo! E estava aqui agora pensando que já estava na hora de voltar...mas sem saber o que seria interessante para contar, de todas as coisas que me aconteceram desde o último post. Bom...a parte ruim vai ficar de fora, tô cansada de tanta melancolia nesse blog. Deixa iso pra mais tarde.
Já sei...vou falar do UNIFEST. Um belo dia, minha queria amiga Brena Dantas disse que ia inscrever uma composição sua no Festival de Música da UFBA, e me chamou para ser sua intérprete. Topei imediatamente, assim que ouvi a música chamada PÁSSARO. E areditem, fazer esse pássaro voar não foi fácil. Mas com o apoio de muita gente e o talento de 4 maravilhosos músicos (e amigos), conseguimos passar na etapa regional, semifinal, até chegar na tão sonhada final. Salvador foi o lugar, a Concha Acústica do teatro Castro Alves foi o palco e lá estava eu... realizando um sonho no meu primeiro festival. Após enfrentar vários tipos de dificuldade, pude enfim, ter a certeza de que sou completamente feliz quando canto e que não há nada mais perfeito que sentir os holofotes te iluminando e ouvir os aplausos do público. Não tenho palavras pra agradecer a Brena, João Lucas, Marcelo9 Weber, Marco Túlio, Marcos "Clô" e todos que nos apoiaram por terem me proporcionado essa experiência.



quinta-feira, 18 de outubro de 2007

40 dias e 40 noites...



Bom...quem já assistiu a esse filme, certamente terá idéia do que irei falar nesse post. E não se assustem...é exatamente isso que estão pensando, sem tirar nem por. Foi inspirada no filme que decidi fazer o mesmo. Admito que passar 40 dias e 40 noites resistindo às minhas "peripércias" de Colombina será algo que irá causar minha agonia, e certamente as crises de riso das minhas queridas colegas.Tudo bem que no fundo não vai passar de uma brincadeira (embora eu pretenda levar a sério), mas é o tipo da coisa....não tenho tido motivos para continuar vivendo dessa forma e mesmo que tudo não passe de uma brincadeira, servirá para manter minha mente ocupada (só a mente mesmo....rs). Portanto...Senhoras e Senhores, começou a QUARESMA DA COLOMBINA!!! Pelo que já pude perceber serão os quarenta dias e quarenta noites mas longos e malucos da minha vida, pois no primeiro dia de promessa já pude passar por algumas "provações". E se eu bem conheço essa minha vida insana, a de hoje não chega a 1% do que estou para enfrentar. Tentarei aqui contar um pouco da minha vida durante essa infeliz promessa. No mais o que tenho a dizer é....se o real "objetivo" dessa brincadeira não for alcançado, pelo menos estarei vivendo algo inédito, rirei para não chorar e certamente terei algo engraçado para contar aos meus filhos...




E lá vamos nós!!!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Desistência


Queria saber o que é considerado um bom motivo pra desistir de algo. Quando que podemos pensar em recuar sem que alguém diga que "desistir é para os fracos" e nos faça sentir um fracassado? Quando a desistência será um ato de inteligência? Parece que achei uma boa razão...

No castelo havia uma moça. Mas dessa vez não era uma moça qualquer, como a que vos fala. Dessa vez era uma moça que já fora princesa alí. Aquela que foi boa o suficiente para merecer tantos anos de amor. Foi preciso eu ficar frente a frente com aquela moça para me convencer de que desistir seria a melhor opção. Naquele momento, não consegui saber se o que tinha me deixado tão tensa foi o encontro inesperado, o colher das roupas ainda úmidas no varal ou uma possível recaída. Mas uma coisa é certa...o que me fez descer a escadaria do castelo com as pernas trêmulas e cair em lágrimas na praça mais próxima foi a certeza de que jamais conseguiria ser o que aquela moça já foi. Jamais serei a princesa, jamais terei o que aquela moça conseguiu ter, jamais terei a mesma importância que ela. Assim como a minha querida amiga da janela, eu jamais terei aquele olhar, aquele sorriso, aquele cheiro não ficará no meu corpo todos os dias.

Muitos agora devem estar pensando:"Não diga isso!! Claro que você é capaz!! "Sim...você acha mesmo que isso é um bom motivo?". Acho. Acho porque não quero chegar ao fim da história e descobrir que todo meu esforço foi em vão. Porque não quero olhar pra trás e ver que nem um aprendizado clichê eu ganhei. Porque força eu tenho, mas agora acho que devo usá-la para outros fins. Onde possam me prometer algo que valha a pena. Sonhar alto é legal, mas não quando já se sabe que a queda será certa.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A Alquimista está chegando...

Depois de uma semana de cerveja, doideira, abstinência, mais doideira e posts ocultos....finalmente resolvi descansar. Viajei para ver a família....fui a Ipiaú. Como toda cidade pequena que se preze...ela continua do jeitinho que eu deixei...agora com menos conhecidos, tendo em vista que a maioria dos meus amigos foi embora pra outros cantos. Mas ainda assim, consigo me sentir bem ao passar pelos bares da cidade, pela pracinha onde fui "criada" e ver aqueles amigos, heróis da resistência, que ainda vivem por lá. Parar para lembrar das "aventuras" de um grupo de adolescentes de roupa preta, coturno e maquiagem pesada, sempre acompanhados de um violão (ou vários) e um litro de qualquer coisa. Mais interessante ainda...ver seus amigos olharem pra você hoje em dia e rirem da sua cara porque você está de vestidinho branco, como uma mocinha exemplar (coisa que nunca fui...). E você ri com eles...porque enquanto você está de vestidinho branco, alguns se renderam ao conformismo e outros já estão com filho pra criar. Dificilmente repetiremos aquela cena de cerca de 10 adolescentes numa praça de madrugada, bebendo, tocando violão, cantando enlouquecidamente e rindo muito. Saudades...
Mas Ipiaú continua lá...e minhas lembranças também. E mesmo com todo silêncio naquelas ruas...ainda tenho um enorme prazer em me arrumar, sair de casa sozinha e ir visitar a primeira casa de amigo que aparecer no caminho. Assim o fiz...e fui parar na casa do meu primo Bráis. Lá fui eu, entrando nostalgicamente naquele quarto de cores quentes e "revolucionárias", me torcendo para não pisar nos seus desenhos feitos a caneta "Bic" e betume....espalhados pelo chão. Depois de um longo abraço, deito na cama e abro o bico numa conversa de aproximadamente duas horas. Lá vou eu contando um pouco de tudo que tem acontecido com a Colombina, inclusive sua agoniante história com o Arlequim, da qual o Bráis já havia sido previamente informado. Após ouvir a história um pouco mais detalhada...sua opinião mudou. Ele já não via tudo como antes e diz: "É preciso ser Alquimista! Tranformar chumbo em ouro!". Imediatamente franzi a testa, imaginando o quão impossível me parecia transformar a história da Colombina e do Arlequim em algo valioso e belo....e pior, fazer isso durar pra sempre. Mas depois de alguns minutos, passei a concordar com ele. Concordei que eu devia pegar aquela história bruta, separar o que havia de mais belo e puro nela, e cuidar... guiar aquela história para o caminho que a transformaria na realização de um final feliz. Era só uma questão de cautela... ser um Alquimista, que sabe o que faz, mas nem por isso deixa de agir com cuidado. Pegar o que há de belo num sentimento inseguro e aos poucos transformá-lo num sentimento firme. Mas acima de tudo...estar preparado para qualquer resultado.
E foi com essas palavras que peguei o ônibus de volta. Foi com essas palavras que deixei a cidade de Ipiaú, deixei a família, deixei o que sobrou dos amigos e voltei para o meu mundinho...cotidianamente falando. Fazendo o de sempre, pensando o de sempre....vivendo o de sempre. Mais segura, nem que seja pelos próximos dias.





segunda-feira, 20 de agosto de 2007


VOLTE!!!

A semana da Colombina

Hoje vocês darão de cara com uma Colombina exausta. A semana depressiva foi pior do que o esperado. Na semana do seu aniversário ela sempre espera o pior.... mas dessa vez se surpreendeu, tanto que nem será o assunto principal desse post.
Viu o Pierrot e o Arlequim, machucados, cada um sentindo a dor de sua ferida. Viu
lágrimas de dor, de preocupação, de despedida e de saudade.... e tentou não chorar junto, mas foi inútil. Derramou suas lágrimas sobre o seu príncipe Pierrot, pois preferia gasta-las ali, do que usá-las para lavar os lençóis que o Arlequim sempre usava em seu espetáculo. Por não possuir o poder da cura, não pôde sarar as feridas de nenhum dos dois...então...deixou que o tempo as curasse, de modo que cada um aprendesse com sua dor.
Voltou pra casa, cabisbaixa, vendo o mundo passar depressa....enquanto ela parecia cami
nhar na velocidade de uma lesma. Foi então que, esperando encontrar algo que a fizesse esquecer aquilo que estava sentindo....encontrou uma Fênix machucada no seu ninho. Não estendia porque naquela semana estava tendo que enfrentar tantas feridas. Parecia um sinal, mas ela não sabia interpretá-los. Não conseguiu se conter vendo o sofrimento daquele ser, que causava a todos tanto encanto. Não pensou que aquela ave magnífica poderia um dia parecer tão frágil como a própria Colombina. Queria que as lágrimas que havia derramado a pouco, tivessem o poder das lágrimas daquela Fênix, o poder de curar, o poder de fazer o bem, o poder de cicatrizar as piores feridas....para que tudo voltasse ao normal. Percebeu que nada poderia fazer para evitar aquele sofrimento, então se pos a imaginar não a dor daquele ser que parecia estar prestes a morrer, mas sim a beleza que seria vê-lo renascendo das cinzas

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Um jogo "sensual"...



Estou aqui para falar de sinuca. Sim...vim aqui, às 3 da manhã, para falar desse jogo que anda intrigando a minha vida, assim como a da minha amiga Srta Pecinha de Lego e com certeza milhares de outras mulheres. Há muito esse assunto vem sendo comentado na minha "rodinha de amigas", e creio que agora, depois de termos declarado a quinta-feira como o DISM (Dia Internacional da Sinuca para Meninas) ele será comentado com muito mais fervor.
Para mim a Sinuca é o jogo mais sensual que poderia existir. E não digo isso apenas levando em consideração os famosos trocadilhos que incluem "tacos", "bolas" e "buracos", ou comentários obscenos como "bota na boca que eu encaçapo!!". Tudo em sinuca é sexy, é sensual. Tudo pode ser ligado ao sexo de alguma forma...
Começarei falando da mesa. Acho que para muitos seria até desnecessário que eu fizesse maiores comentários. Mas vamos lembrar daquela mesa grande de madeira forte, forrada por algo de camurça, num tom de verde vibrante que entra em tamanho contraste com as 15 bolas coloridas e enumeradas. Aquela mesma mesa que suporta o peso do jogador na sua mais difícil posição causa em muitos um desejo estranho de utilizá-la em outro tipo de jogo. Aquela mesa incomparável, estrategicamente iluminada, é um convite à realização dos mais loucos desejos de qualquer pessoa, principalmente se o ambiente estiver regado ao som de um blues da melhor qualidade...
Eu, como mulher observadora que sou, devo aqui dar a minha visão sobre os homens que jogam sinuca e ligar também ao erotismo do jogo. A forma misteriosa como eles se portam nos minutos que antecedem a decisão de como será feita a jogada, o porte que eles tomam, as posições (sugestivas) necessárias à jogada, que muitas vezes chegam a ser dignas de contorcionistas. O olhar....(ah o olhar!!!) não há nada mais sensual do que o olhar de um homem, principalmente naquele momento em que ele, já posicionado, escolhe atentamente o seu alvo medindo as possibilidades, mirando com cautela como se ali em frente estivesse a mais bela mulher e naquele momento ele estivesse a observar minuciosamente cada centímetro dela, esperando o momento exato de se aproximar (o Rodrigo Santoro aí ao lado ilustra MUITO BEM essa situação). E finalmente vem aquele momento em que toda sua força masculina é utilizada para executar uma bela tacada certeira que direciona a bola para o seu rumo numa velocidade incrível, como se fosse um coito, no mais perfeito momento de gozo (peguei pesado demais?? ah...que se foda!!).
Entrei para a faculdade e lá, pela primeira vez, ouvi falar na "Teoria da Sinuca" (meninas, meninas....). A teoria diz que o desempenho de um homem no jogo de sinuca é proporcional ao seu desempenho sexual. Ou seja... bons jogadores são também bons amantes. Sinceramente? Se isso já foi comprovado eu prefiro nem ficar sabendo. Imagina que inferno seria minha vida que rapidamente entraria em conflito com minha imaginação fértil, principalmente morando a algumas quadras do maior point de sinuca da cidade (castigo? sim... só pode!!).
Caros amigos... admito que a esta altura do texto, começo a me preocupar seriamente com as minhas quintas-feiras de DISM com a Srta Pecinha de Lego. Mas...se ela estivesse aqui do meu lado certamente diria: "Preocupação é para os fracos!!". Mesmo sabendo que provavelmente, a partir de agora poderei ser chamada de "maníaca da sinuca" para o resto da vida, venho finalizar esse texto de forma direta e desesperada... SINUCA É AFRODISÍACO, isso é fato! E tenho dito.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

uma idéia...


Pela primeira vez na vida...me senti como aquele famoso passarinho que quer aprender a voar. Ele sai do ninho sem que ninguém veja, abre as asas como se fosse a maior águia do mundo e se joga. Vai ao chão num belo tombo, mas por sorte não quebra as asas. Lá do chão ele olha pro céu, que agora parece mais distante, e percebe que sua contade de conhecer e viver aquela imensidão pe maior. Então ele abre as asas novamente, bate com a força que vem da sua vontade de ser livre e finalmente consegue levantar vôo.
Seria uma mudança radical? Seria! Eu estou tão cheia de coragem assim pra agir? Não...claro que não! Coragem nunca foi o meu forte. Mas os sonhos....esses sim, fazem parte do meu dia-a-dia. Como a moça colombina, a personagem, a lenda, é natural me ver perdida em sonhos e desejos como esse. Hoje, pela primeira vez, pensei num sonho como alcançável. Imaginei aquilo que meu coração me pedia, aquilo que ele queria no seu mais íntimo, idealizei cada detalhe... como algo que pode se tornar realidade. Basta que eu o tenha como objetivo e me ponha em ação. A covardia tem sua voz nesse momento? Tem...tem sim! Eu não sou nenhuma "Mulher Maravilha" né!? Mas aí penso..."poxa, porque não!?". O que torna as pessoas tão distantes de seus sonhos? A sorte? A oportunidade? Ou seria a simples força de vontade? Dizem que é ela que abre os caminhos e facilita que os sonhos aconteçam.
Eu mesma canso de dizer para uma certa flor: "Faz o que tu queres pois é tudo da lei...". Eis uma boa oportunidade para eu tentar seguir meus próprios conselhos. Quem sabe não seria essa a chave para eu finalmente compreender as palavras da minha irmã sobre amor próprio, da flor de cerejeira sobre meus problemas com certos demônios que atormentam meu sono, da moça da janela sobre o amor romântico e verdadeiro, da semente do sol sobre a perfeição...enfim...sobre tudo que a cada dia vira tema nesses blogs da vida.

domingo, 5 de agosto de 2007

Título é para os fracos....


Desde que entrei de férias não tenho tido ânimo nem desânimo suficiente para escrever. Na verdade para fazer nada...até os ensaios foram interrompidos. Mas ontem foi uma noite que deveria ser comentada. Na verdade a última semana inteira foi bem estranha. Foi uma semana de medo, de esperança, de medo mais uma vez, de planos malucos, de tédio, de risos e de medo novamente. Eh...por alguns dias evitei chorar, mas rir me parecia muito arriscado, meu riso seria poderia ser condenado, pois normalmente outra mulher na minha "situação" estaria estregue às lágrimas. Não chorei, não foi preciso.

Agora eu poderia soltar o maior sorriso do mundo e respirar aliviada...mas não sei bem se foi isso que eu fiz, no fundo. Eis que chegou meu fim de semana, e pra fechar com chave de ouro fui parar nuuma certa festa. Vou tentar resumir tal evento (e o pós festa tb...) com algumas palavras: rave, amigas, cerveja, rock, "Putz putz", rock, "putz putz", figurinhas supreendentes, cantadas ridículas, proteção de amiga, "partiu álcool!", viagens, idéias malígnas, vontades, teorias, filosofias, fim de festa, "xxx", mais viagens, 3 vezes mais viagens, olhar, olhar, olhar, ser observada, detalhes, mãos... dentre outras. Este é um post que apenas uma pessoa será capaz de entender, entender da forma que eu entendo (se é que ela se lembra de algo). Foi feito apenas pela necessidade de expressão. O resto, para o bem da imaginação de vcs, vai ficar por conta apenas da minha memória.

domingo, 29 de julho de 2007

Me Liga


Eu sei, jogos de amor são pra se jogar
Ah por favor não vem me explicar
O que eu já sei, e o que eu não sei
O nosso jogo não tem regras nem juiz
Você nào sabe quantos planos eu já fiz
Tudo que eu tinha pra perder eu já perdi
O seu exército invadindo o meu país
Se você lembrar, se quiser jogar
Me liga, me liga
Mas sei, que não se pode terminar assim
O jogo segue e nunca chega ao fim
E recomeça a cada instante a cada instante
Eu não te peço muita coisa só uma chance
Pus no meu quarto, seu retrato na estante
Quem sabe um dia eu vou te ter ao meu alcance
Ai como ia ser bom se você deixasse




Nota mental : Bár rrrrrrrbaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarooooo!!!

terça-feira, 10 de julho de 2007

O banquete



Tudo indica, mas não... não estou aqui para falar de Platão. Estou aqui para falar de uma aposta, onde um dos prêmios era um jantar! Fui a premiada! Não sei se pelo orgulho de ganhar algumas partidas de sinuca, ou se por ganhar meu prato predileto, com direito a vinho e uma mesa para dois lugares, ou se simplesmente pela compania!!O certo é que ao entrar por aquela porta, me deparei com um lugar...cheio de lembranças...algumas boas, outras ruins...muito ruins...

Naquele momento, aquela casinha havia se transformado num castelo. A mesinha virou a imensa távola redonda. O vinho era forte e saboroso como um importado. As paredes manchadas, aos meus olhos, pareciam banhadas a ouro. A luz de vela...ficou por conta da lâmpada florescente no teto do quarto. O principe, se acha sapo e tenta agir como um bobo da corte.

Mas eu continuo longe de ser uma princesa. E aquilo tudo me deixou muito feliz. Mais feliz por saber que aquela pessoa, incomparável, continua única, e que apesar da contradição, aquele principe foi a escolha certa sempre....e que a "plebéia" aqui tem um espacinho especial naquele lugar, naquela casinha que um dia fora o seu recanto!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Para MIM...


Ainda é cedo amor

Mal começaste a conhecer a vida

Já anuncias a hora da partida

Sem saber mesmo o rumo que iras tomar


Preste atenção querida

Embora eu saiba que estás resolvida

Em cada esquina cai um pouco tua vida

Em pouco tempo não serás mais o que és


Ouça-me bem amor

Preste atenção o mundo é um moinho

Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.

Vai reduzir as ilusões à pó


Preste atenção querida

Em cada amor tu herdarás só o cinismo

Quando notares estás à beira do abismo

Abismo que cavastes com teus pés


O MUNDO É UM MOINHO (Cartola)




A música certa, para o momento exato!

É exatamente assim, sem tirar nem pôr...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Para TODOS vocês...

Oi! Prazer, meu nome é Laísa Eça! Talvez seja um pouco tarde para apresentações, sendo que cada um dos leitores já conheceram (ou através dos textos abaixo, ou através da convivência) várias faces de mim. Além de tardia, minha apresentação pode ser também inútil, visto que nem eu mesma estou conseguindo me definir. Conflito clichê...eu sei...mas convenhamos que todo mundo já passou por uma dessa, eu também tenho o direito.
O post de hoje é mais um daqueles feito pelo impulso. Sem pensar, porque isso tem sido a coisa que mais fiz nos últimos meses. E...sinceramente? Cansei! Estou cansada. Estou exausta. E esse post é também uma tentativa de exclarecer isso. Este post está sendo escrito para os meus "leitores-amigos" que me acompanham no dia-a-dia, muitas vezes se assustam com as insanidades da colombina, e em especial para uma pessoa que, dentre todas, talvez seja a que mais se encontra na essência deste blog.
Nunca na minha vida estive tão perdida. Ao mesmo tempo, nunca estive tão cara-a-cara com a verdade. Não estou bem e não quero contagiá-los. Estou cansada e quero dormir, quero simplesmente parar no tempo. Entrar em coma. E um dia, quando estiver pronta, acordar com mais força e a consciência mais limpa. Você me disse que a solidão não vai resolver nada. Você disse que um dia tudo acabaria bem (e ainda acredito nisso!). Você disse que eu tentasse mais uma vez. Agora preciso ter coragem para assumir que nada disso agora vai me deixar feliz. Preciso ficar sozinha. E se eu ignorar isso, as pessoas ao meu redor é que passarão a ser infelizes. Isso eu não posso permitir.
Quem me acompanhou em vida, ou em texto, certamente saberá o motivo dessa minha desventura. É pessoal, é íntimo e tudo se misturou de forma a supersaturar minha mente e corpo. Ainda que eu tentasse explicar...vocês não entederiam. Sei que estou sendo prolixa, mas ainda assim peço compreensão. Sem perguntas. Sem explicações. Estou dormindo. Como a famosa Bela Adormecida do conto de fadas. Quero acordar uma pessoa melhor. Quero acordar como a Laísa Eça que vcs conheceram, a mesma que tentou se apresentar no início deste texto. Até lá serei como uma personagem que ainda não foi concluída no roteiro de suas vidas.



P.S:
(a letra rosa é para perceberem a gravidade da coisa...)

segunda-feira, 11 de junho de 2007

nome da foto: Entregue


Queria que esse fosse um post por falta de criatividade...
Queria um tarja preta para o dia 20...

terça-feira, 29 de maio de 2007

A flor e o alpinista...

A colombina continua vivendo. Já não dança como antes. Até tentava, mas não sente em seus pés a mesma capacidade de manter passos leves e seguros como fazia a tempos atrás. Pôs-se então a andar. Vagar sutilmente levada por lembranças pertubadoras que arrepiavam corpo e alma. Atravessou as ruínas e chegou ao bosque. Sentou-se na de baixo da maior árvore, onde havia mais sombra e onde podia-se sentir a brisa daquela tarde. Achou um livro de capa colorida. Como de costume, olhos as últimas páginas e percebeu que as últimas frases estavam incompletas....era uma história sem fim...uma história que ainda estava sendo escrita pelo tempo. Intrigada a colombina resolveu devorar cada página daquele livro colorido que contava a seguinte história:


"Era uma vez uma flor que habitava o pico de uma montanha. Alí era um lugar onde homem nenhum havia alcançado já a algum tempo. A flor era de uma beleza hipnotizante, digna de pintura, dotada de um aroma envolvente como nenhum outro e possuía em seu delicado caule um elixir raro, capaz de curar os tantos males que apavoravam o mundo lá em baixo. Dalí do alto daquela montanha, que se tornou gélida com o passar dos anos, a flor passou sua vida a observar as aventuras de senhores que tentaram escaladas frustradas para alcança-la. Cada tentativa era uma esperança e cada derrota era como a dor de uma pétala arrancada. O gelo da montanha dificultava o acesso, e a maioria dos senhores desistiam nas primeiras quedas. Um dia a flor pôde enxergar lá em baixo um pequeno alpinista, carregado de aquipamentos de escalada. Já havia assistido a cenas como aquelas inúmeras vezes...mas ainda assim se deixou assitir à tentativa daquele alpinista. Notou em seus olhos algo que não tinha visto em nenhum outro olhar....coragem. Ficou observando o alpinista, lenta e pacientemente alcançar cada etapa da montanha. Pelos difíceis obstáculos do caminho, sabia que ele acabaria desistindo. Quando notou...ele havia sumido do seu plano de visão. Começou a pensar que aquele seria mais um desistente. Sentiu-se murcha, pois nuunca havia chegado tão perto do seu sonho de sair daquela solitária montanha. Tão perto e tão longe. Eis que de súbito ela vê de perto o alpinista que finalmente havia conseguido chegar até o topo. Pôde ver o brilho dos seus olhos de perto sem nem acreditar que aquilo estava acontecendo.E o tão esperado encontro teve força capaz de derreter todo o gelo da montanha, o Sol brilhou no céu e iluminou as pétalas da flor deixando mais nítidas as cores que esperavam apenas aquele olhar para contemplá-las. Lá estavam a flor e o alpinista..."



A colombina viu-se chorar. Não queria sair dalí. Não queria fechar o livro. Queria viver aquela história....

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Um fim de semana...

Essa colombina que vos fala já chorou, já sorriu, já dançou, já criou asas, coloriu, desejou, amou e odiou. Esse fim de semana ela se tornou a personagem mais pura do mundo. Pelo menos naquele mundo de luz negra.....se viu matéria bruta. Alí de baixo ela dançou como nunca e se sentiu bem. Limpa e livre. Viu as fitinhas coloridas passarem por seus olhos como borboletas.... e viu todos os olhos em sua direção, parecendo apreciar aquela energia que fluia de seu corpo em movimento. Viu olhares duros e ameaçadores...em tempos atrás...seriam até amedrontadores. Mas bateram no seu campo de proteção e desviaram pra bem longe....desaparecendo à luz do sol que acabava de nascer sobre o mar. Sorriu e voltou pra casa aquecida.

Passou o dia seguinte em frente a uma janela de onde uma luz forte iluminava seus olhos míopes para ver o mundo. De corpo cansado, mas ainda assim sentindo-se elétrica, ela dançou e cantou de frente à janela. Acenou e sorriu para os amigos, numa felicidade sublime. Afastou-se da janela por uns minutos e resolveu contemplar o mundo lá fora mas seu corpo não suportava a agitação de sua alma. Então voltou para casa e sentou novamente em frente à janela....e de lá voltou a observar o mundo à certa distância. Ganhou uma breve visita e pôs-se a pensar. Não...sem saber o porque ela começou a sentir. Pressentimentos. Mas não se deixou envolver e dormiu.

Sonhou. Sonhou e acordou mais uma vez no seu cotidiano. E foi abordada por um grupo de anjos protetores que chegaram para alertá-la e esclarecer aquilo que ela sozinha jamais conseguiria entender. A sua própria vida. Os acontecimentos que enchiam seu baú de histórias escritas em papiro imaginário. Percebeu porque havia ganhado naqueles últimos dias um campo de força (aquele que a defendeu dos olhares inimigos). Porque seus anjos estavam lá...com ela, em cada canto que ela estivesse. Enquanto ela dança, eles observam...e oram naquela lingua que ela nunca conseguiu aprender. Sentiu-se aquecida novamente, dessa vez não pela luz do sol, mas pelas asas quentes de seus anjos protetores. Chorou de alegria, como a tempos não fazia. E apesar de estar intimamente confusa...depois dos sonhos e pressentimentos...ela se sente tranquila. Sabe que não está sozinha. Decidiu esperar.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Sobre amor, instinto e caracóis...


- Mãe...o que são esses caracois?

- Ô minha filha...são aqueles bichinhos que carregam a casinha deles nas costas e vivem a passear pelos jardins!

- Mãe...eu sei...isso eu sei.Eu sei eu eles são caracois...Pq eles estão assim?
-O caracol macho está perguntando para a fêmea se ela quer ter filhotinhos!
-Perguntando?assim???desse jeito?mae...esqueceu que crianças são precoces?eu sei o que eles estão fazendo.mas o que eu não entendo é se eles se amam...
-Bom filha...aí já é um caso a parte! só pretendia te contar isso quando vc estivesse mais crescidinha...mas já que vc se adiantou.....Olha, até onde se sabe os caracóis fazem isso por causa de uma coisa chamada INSTINTO! E até onde se pode ver...o homem aprendeu com eles!
-Hum...mas mãe...quer dizer...que vc e o meu pai????vcs não se amavam?era so instinto?
-Bom, para casar comigo, seu pai usou o amor! Para se separar de mim, usou o instinto dele com outra!
-Certo...é ..vc ta certa...mas perai...amor e instinto podem estar juntos neh?
-Podem....e se tornam perigosos por conta disso!
-Mãe...o amor nao é lindo?instinto não é bom?como pode ser perigoso??Nem tente citar platão,que eu sou precoce mas nem tanto!
-Muita coisa boa pode ser perigosa! As coisas lindas tb! Quantas flores lindas podem soltar venenos mortais?? O amor e o instinto se confundem....são trocados....chegam em horas erradas....isso os torna perigosos!
-Mãe...vc fiilosofou profundo...ate parece uma srta pecinha de lego e uma colombina que eu conheço...rs Sabe o que eu acho?que caracois são só caracois.e que o amor é so o amor...E que instinto...instinto....
-E qual deles vc prefere???
-Mãe...prefiro os caracois.




By Colombina e Srta Pecinha de Lego

quinta-feira, 3 de maio de 2007

o ponto da loucura...


Sei que tenho errado muito em pensamentos. Aliás, tenho errado mesmo é em ação. Taçvez o pensamento até seja uma solução. Mas achei que seria perda de tempo.

Sinto-me como uma louca. Ou, como dizem, uma problemática. Do tipo que nem Freud explica. Do tipo que remédios e camisas de força seriam pouco para domar. Do tipo que se olha no espelho e não consegue mais se enxergar.

Tornei-me louca. Tornei-me compulsiva. Canibal insaciável. Passei pela loucura sadia, aquela que te faz feliz e orgulhosa ao acordar no dia seguinte. Agora cá estou, vivendo minha lucura descontrolada e insustentável. Perdida em ações e pensamentos, em ânsias e desejos que correm pelas veias, dominam corpo e alma. Corroem minha lucidez...

Minha loucura é reflexo de uma alma cinza e desamparada. Ela esconde, ou melhor, expõe a menina que procura seu sonho debaixo de lençóis brancos. Brancos como a sua pele, as suas vestes. Alí me sinto lúcida ao chegar, louca ao deitar e vazia ao sair. Os atos são frios. Não penso, apenas faço. Sigo os instintos, quebro os espelhos, arranco as grades...Para alguns isso faria bem, mas para mim só tem aumentado a dor que chega a se tornar física.

Olhos tristes e inchados, nó na garganta, dor no peito que não me deixa dormir. Vocês devem estar se perguntando: "Ei menina!! Onde está seu coração??". Parece que mais uma vez alguém trancou e empenou a chave. Assim como a minha camisa de força.

sábado, 21 de abril de 2007

Moi et Elle


Um belo dia passei no vestibular. Um belo dia cheguei na universidade. Um belo dia, em meio a um mundo novo, conheci uma bela moça.

Cruzando nossos caminhos, de volta para casa... a moça aos poucos começou a entrar na minha nova vida. E hoje...ela "faz parte do meu show"!

Já a vi chorar... e te mandei meu ombro embrulhado pra presente para aparar suas lágrimas.

Já a vi sorrir, gargalhar.... e imediatamente assinei um contrato de amizade eterna.

Já a vi sonhando.... e sonhei contigo para te dar força onde vc for.


Um belo dia me vi perdida. Um belo dia fiquei cega, surda e muda. Um belo dia estendi a mão e encontrei a sua, me puxando para a superfície para que eu pudesse voltar a respirar. Choramos, sorrimos, dançamos, sonhamos e continuamos caminhando....juntas! E cada dia que passa, essa menina, essa mulher se torna mais indispensável em minha vida! Não vivo mais sem o brilho dos seus paetês, amo viver nosso mundo "falso", e amo mais ainda o que me torno quando estou ao seu lado.
je t'aime Vivi!
maintenant et toujours...
Feliz Aniversário.



terça-feira, 17 de abril de 2007

"EU TE ODEIO"

Essa frase não costuma ser muito querida. Acho que poucas foram as pessoas que já a ouviram. E acho que menos ainda são as pessoas que gostariam de ouvi-la. Bom....em toda a minha vida, imaginei qual seria minha reação se um dia viesse a deparar com ela. E sabia que um dia chegaria esse momento. A única coisa que nunca consegui imaginar foi que ela viria de você. Parar pra pensar que uma pessoa preferiu pronunciar "EU TE ODEIO" do que "EU TE AMO" (frase reconhecida mundialmente como a mais linda de todas) não é fácil.
Queria quebrar o silêncio com uma bela música. Com juras de amor. Com canto de pássaros ou o ruído da correnteza de um rio. Queria mesmo que esse silêncio tivesse sido quebrado com o som de duas respirações ofegantes. Mas tudo que obtive foram as palavras EU TE ODEIO. Como palavras mágicas, que fazem o coelho sumir da cartola, essas palavras me fizeram sumir. Sumir daquela casa, sumir da minha própria órbita, sumir da sua vida...como um desejo realizado por um gênio da lâmpada. "Seu desejo é uma ordem!"
Não sei se você foi realmente sincero ao dizer "EU TE ODEIO". Mas se é chegado realmente o fim, prefiro areditar que sim. Acreditar nessa frase irá me ajudar a esquecer seu rosto, seus gestos, a forma como me olha quando canto, sonhos, planos e tudo mais... e principalmente irá me fazer lembrar que não sou aquilo que você afirma, com ódio nos olhos.

O que eu tenho a dizer????

"EU TE PERDÔO!"

Paciência ...

PACIÊNCIA
Composição: Lenine e Dudu Falcão


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma

Até quando o corpo pede um pouco mais de alma

A vida não para


Enquanto o tempo acelera e pede pressa

Eu me recuso faço hora vou na valsa

A vida é tão rara


Enquanto todo mundo espera a cura do mal

E a loucura finge que isso tudo é normal

Eu finjo ter paciência


O mundo vai girando cada vez mais veloz

A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência


Será que é o tempo que lhe falta pra perceber

Será que temos esse tempo pra perder

E quem quer saber

A vida é tão rara (Tão rara)


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma

Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma

Eu sei,

a vida não para(a vida não para não)


Será que é tempo que me falta pra perceber

Será que temos esse tempo pra perder

E quem quer saber

A vida é tão rara (tão rara)


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma

Até quando o corpo pede um pouco mais de alma

Eu sei,

a vida não para(a vida não para não...)






OBS:

se puderem ver... vale a pena.

domingo, 15 de abril de 2007

Cores...


Sábado...14 de abril...(ontem)


Acordei numa tranquilidade que há tempos não me encontrava. Talvez tenha sido o licor de menta do dia anterior, ou um certo "conterrâneo" que surgiu do nada.....bom, com certeza não foram as balinhas de geléia de Keka. Até que eram divertidas, mas...
Enfim....depois de uma semana desumana, triste, deprimida, completamente péssima e opaca....consegui acordar bem. As cores, ainda primárias, começaram a voltar aos meus olhos....devagar, colorindo aos poucos as paisagens.
A noite...cheguei a um certo Tributo. Foi um tributo estranho pra mim, pois pouco de ouviu sobre os homenageados. Rs....acreditem! Mas aquilo ainda não era o suficiente (ainda) para me derrubar. E lá fui eu, andando sozinha pela fumaça, degustando o sabor e a cor do vinho que deixaram em minhas mãos, me balançando ao som de....de....bom não sei, uma banda punk qualquer aí (não eh muito a minha praia). Depois de muito berrar de frente ao palco, me emocionando ao ver amigos fazendo meu tão amado Rock'r Roll, eis que me deparo com a mesa de iluminação do show.
Amigos.... poucas vezes fui tão feliz e distante na minha vida!! Esqueci tudo...esqueci as pessoas, esqueci a faculdade, esqueci os problemas, esqueci o coração..... Eram apenas eu, dois acompanhantes, cores e som. E eu estava no comando. Depois de tanto tempo sem conseguir comandar minha vida...estava eu alí, comandando o visual do show. A estética estava em minhas mãos (alguns professores meus adoraraiam ouvir isso).
Vermelho, azul, lilás, amarelo e luz branca...... seguindo o som. Acompanhando as batidas da bateria. A luz, o som, minha cabeça e meu coração no mesmo compasso deixando um sorriso raro no meu rosto. Por algumas horas eu finalmente consegui encontrar o NIRVANA. Era perfeito....até eu olhar para o lado e dar de cara com a dúvida. Aliás...dei de cara com minha certeza! E ela estava acompanhada.
As cores fugiram dos meus olhos mais uma vez.... ainda lutei buscando encontrá-las novamente, querendo desesperadamente voltar para o meu recanto maravilhoso onde estava sendo tão feliz até então. E ele estava lá, mas o clima não era mais o mesmo. Onde estavam aquelas cores? O som? Nada. Mas porque meu coração batia tanto...se eles não estavam mais lá?
Dessa vez eu sabia a resposta. E isso me incomodou mais do que se eu estivesse ignorante a tudo aquilo. Ainda está incomodando. Lá se foram as cores.... aqui estou eu em preto e branco.


Droga....não consigo mais!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Lagarta ou Borboleta?



Sentada numa pedra, ela põe a mão no rosto. Se esconde do mundo,esconde seus sentimentos.Volta a pensar nas frases da lagarta...agora soando mais do que nunca.Parece que sua tristeza não tinha mais tamanho.

Parece que tudo estava quieto e opaco,como se as cores não mais fossem necessárias. Mas meio a tanta tristeza ao longe vê uma borboleta colorida.
Aquela simples, porém magnífica lepdóptera transformava seu vôo numa obra de arte.Contemplá-la a fazia, por segundos, esquecer aquele mundo em que vivia.Linda imagem. Num contexto tão triste...

Seria eu a ver a bela a voar ou talvez aquilo apenas representava o que se passava comigo?POr que que quando estamos tristes tudo fica sem cor e sem vida?E por que que quando sorrimos tudo parece uma explosão de vida?

As respostas,mais uma vez, me abandonavam, fugiam de mim.Comecei e pensar que seria proposital. A única coisa que eu deveria fazer era admirar.Continuar admirando aquele ser, leve e explêndido. Sobrevoando da forma mais bela.Aquele ser simplesmente superior. Lembrou-se da lagarta mais uma vez.

Aquele bater de asas provocava o fluxo de energia que atingia seu coração.Uma outra forma de vida a fez enxergar a vida de outra forma.
Sim, sim. Aquilo era tudo que eu queria, e precisava para continuar caminhando...

domingo, 8 de abril de 2007


E um dia a lagarta perguntou:

"VOCÊ! Quem é VOCÊ???"


Aquela pergunta soou na minha mente durante uma semana inteira. Achei que não havia resposta. Logo em seguida topei com uma lista delas. Só não sabia ainda em qual delas confiar, em qual delas me fixar.
A visão que tenho de mim não é a mesma que a sua, nem a daquele cão que atravessa a rua. Já fui muitas coisas nos meus poucos anos de vida. Já fui deusa, já fui sacerdotiza. Já fui pedra, já fui pluma...até perdi as contas.


"VOCÊ!".


EU....quem sou eu? Eu sou o que faço? O que hajo? Se for...caros amigos, cara lagarta, vocês poderão até se assustar com as respostas que irão obter.
Queria mesmo era ser a heroína dos quadrinhos, linda e indestrutível. Ou a princesa do conto de fadas, só para ter um final feliz. Mas não! Estou bem longe disso!
Talvez eu seja a problemática...tadinha, iludida e sem noção. Talvez eu seja a semente do mal (embora eu possa e prefira ser a menina linda dos teus olhos). Gaiata, em brincar com meu próprio coração. Desastrada, em sempre deixar ele cair.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

O poeta e o gato


Apenas o trecho de um poema.

Meu poeta preferido...

Meu animal preferido...

Nada melhor num dia como hoje.


Abraço a todos que estão visitando e decifrando meu baú...


OBS: homenagem subliminar(nem tanto) na foto.



"Os animais foram imperfeitos,

compridos de rabo, tristes de cabeça.

Pouco a pouco se foram compondo,

fazendo-se paisagem,

adquirindo pintas, graça vôo.

O gato,

só o gato apareceu completo e orgulhoso:

nasceu completamente terminado,

anda sozinho e sabe o que quer.


O homem quer ser peixe e pássaro,

a serpente quisera ter asas,

o cachorro é um leão desorientado,

o engenheiro quer ser poeta,

a mosca estuda para andorinha,

o poeta trata de imitar a mosca,

mas o gato quer ser só gato

e todo gato é gato do bigode ao rabo,

do pressentimento à ratazana viva,

da noite até os seus olhos de ouro."


(ODE AO GATO -Pablo Neruda)

sábado, 31 de março de 2007

la colombina


Eis aqui a colombina

como dança essa menina!

De asas nos pés

que arrastam seus passos

leves e inseguros

guiados pelo coral.



Eis aqui a colombina

como sonha essa menina!

Sonha de olhos abertos

em direção ao céu

sempre a imaginar

seu próximo carnaval.



Eis aqui essa menina

Pobre moça, colombina!

Depois da queda

Sorri, para não chorar.

Ergue-se num novo passo

sacode a poeira do espaço,

continua o festival.



Eis aqui essa menina

que se diz colombina.

Carrega nas costas seu baú

cheio de danças e sonhos

girando em torno do mundo

ela ri e chora

e despeja sobre o povo seu astral.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

embrulhando..


É tanta a aflição que tudo parece revirar por dentro...
o estômago embrulhando,
o pulmão querendo parar,
a cabeça sempre em outro mundo,
nunca na mesma órbita,
as mãos inquietas,
os olhos sem foco,
sem saber se olham pro infinito
ou pro passado.
E eis que brotam as lágrimas
que correm, jorram.
Lembrando-se que é chegado o fim
elas inundam o rosto já sem cor
e semeiam os sonhos que estão por vir,
aqueles que farão daquela noite
uma a mais nas suas lamentosas recordações
e uma a menos na sua constante espera.

Laísa Eça

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007